Data de Nascimento: 6 de janeiro de 1960
Ordenação: 16 de julho de 1988
Ordenação Episcopal: 25 de março de 2006
Nasceu em: Ponte Nova, cidade da Zona da Mata Mineira - MG
País: Brasil
Lema episcopal de Dom Joaquim Mol: “Porque Deus é Amor” (1Jo 4,8b)
DIOCESE DE SANTOS - COMUNICADO À IMPRENSA
A Diocese de Santos comunica que a Nunciatura Apostólica publicou na manhã desta segunda-feira, 24 de fevereiro, a decisão do Papa Francisco em nomear DOM JOAQUIM GIOVANI MOL GUIMARÃES como Bispo Coadjutor da Diocese de Santos. Até o momento, Dom Joaquim Mol era Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. O território da Diocese de Santos abrange os nove municípios da Baixada Santista.
No ofício de Bispo Coadjutor, Dom Joaquim Mol irá colaborar com o atual Bispo Dom Tarcísio Scaramussa no exercício de suas funções, e será seu sucessor. Normalmente isto acontece quando o Bispo Diocesano apresenta a renúncia do ofício ao Sumo Pontífice, ao completar setenta e cinco anos, de acordo com o Cân. 401 do Código de Direito Canônico. Dom Tarcísio completará setenta e cinco anos em setembro.
A data de posse do ofício será no dia 10 de maio.
CURRICULUM VITAE
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães é filho de José Mol Guimarães e Edna Mol Guimarães, o segundo de sete filhos, nascido em 6 de janeiro de 1960, numa família católica, acolhedora, simples e de grande incentivo aos estudos. Natural de Ponte Nova, cidade da Zona da Mata Mineira.
Cursou os primeiros anos da educação básica na Escola Estadual João Guimarães (1966-1971) e no Colégio Salesiano Dom Helvécio (1972-1973), quando decidiu entrar para o seminário da Congregação Salesiana, sendo transferido para o Colégio Dom Bosco (1974-1975), de Cachoeira do Campo, Minas Gerais, onde terminou o Ensino Fundamental. Nesta etapa começou o aprendizado para ser catequista, com a ajuda de uma catequista experiente, como prenúncio do primeiro ministério. O Ensino Médio foi realizado no Colégio Dom Bosco (1976-1978), em Araxá, no Triângulo Mineiro. O noviciado (1979), uma escola de salesianidade e de sabedoria espiritual, foi feito em Barbacena, Minas Gerais.
Licenciado em Filosofia (1982) com habilitação para Sociologia e História e bacharel em Teologia (1988), ambos pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, PUC Minas, Belo Horizonte, Minas Gerais. Mestre em Teologia (1993) pela Faculdade Jesuíta, FAJE, da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte.
Pároco da Paróquia São João Batista, em Jaciguá (1988-1989), Espírito Santo. Vigário Paroquial da Paróquia Cristo Luz dos Povos (1990-1992) e Pároco da Paróquia Santa Maria Mãe de Deus (1992-2006), em Belo Horizonte.
Foi professor do departamento de Teologia PUC Minas (1995-2022); professor e coordenador de Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia Santo Tomás de Aquino, ISTA (1993-2005), Belo Horizonte, de formação para religiosos, religiosas e também leigos; professor no Instituto Marista de Ciências Humanas (1992-1995). Editor fundador da Revista HORIZONTE de estudos de Teologia e Ciências da Religião da PUC Minas. Professor de Teologia Pastoral na pós-graduação da FAJE (desde 2023). As áreas de pesquisa e temas de estudo são: teologia pastoral, antropologia teológica, espiritualidade cristã, eclesiologia, Concílio Vaticano II, Comunicação e Religião, Conferências Episcopais da América Latina e Caribe, Catequética, interface entre teologia e questões contemporâneas, vivência da fé e o individualismo cultural.
Na Arquidiocese de Belo Horizonte, para a qual se transferiu em 1992, atuou no Projeto Pastoral Construir a Esperança, como colaborador do Pe. Alberto Antoniazzi. Na função de bispo auxiliar (2006-2025), acompanhou e serviu a várias instituições vinculadas à arquidiocese; foi bispo servidor da Região Episcopal Nossa Senhora da Esperança, totalmente urbana, com 46 paróquias; foi vigário episcopal para a comunicação; assessorou o Secretariado Bíblico-Catequético; colaborou intensamente com as seis Assembleias do Povo de Deus e seus respectivos Projetos de Evangelização.
Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, exerceu a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação (2011-2015) e da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação (2015-2023). Participou do Conselho das Edições CNBB (2015-2019). Coordenou a Comissão de elaboração da coleção "Pensando o Brasil". Presidiu o Grupo de Trabalho da Conferência sobre a reforma política no Brasil e representou a CNBB no Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico do Governo Federal (2015-2016). Preside da Comissão Pastoral para a Comunicação do Regional Leste 2 da CNBB (desde 2023).
Presidiu o Conselho Superior da Associação Nacional de Educação Católica, ANEC (2011-2015) e dessa Associação participou de 2011 a 2022. Exerceu a função de Reitor da PUC Minas por 15 anos (2007-2022).
Integrante do Observatório da Comunicação Religiosa no Brasil (desde 2022). Integrante do Observatório Eclesial Brasil (desde 2022). Desde 2023 é servidor da Pastoral Nacional do Povo da Rua.
Publicações:
Publicou, dentre outros,
1) O novo humanismo: paradigmas civilizatórios para o século XXI a partir do Papa Francisco, em conjunto (Paulus, 2022).
2) A Igreja desafiada pela comunicação, in: "Discernir a pastoral em tempos de crise" (Paulinas, 2022).
3) Da Assembleia eclesial ao sínodo da sinodalidade, in; "Igreja em Saída para as periferias" (Paulus, 2022).
4) A partir do humano, comunicador, um novo humanismo cristão, in: "O humano na dinâmica da comunicação" (Paulinas, 2021).
5) Comunicação na Fratelli Tutti: sobre a fraternidade e a amizade social, na revista "Vida Pastoral" (Paulus, mai-jun 2021).
6) Primazia da amizade social sobre a amizade de mercado, in: Encontros Teológicos, Florianópolis, vol. 38, nº 3, set-dez 2023.
7) Coordenou a redação atualizada do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil: edição atualizada (Edições CNBB, 2023).
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Diocese de Santos - Chancelaria

LEITURA ESPIRITUAL DO BRASÃO DE DOM JOAQUIM GIOVANI MOL GUIMARÃES
O brasão não é uma distinção, mas expressão de elementos significativos da vida e de compromissos que identificam quem o porta, por isso ele exige uma interpretação espiritual.
O vermelho, no campo inferior do brasão, evoca o fogo do Espírito e o sangue do Martírio, para caracterizar o ministério episcopal com ousadia e vigor na evangelização, na profecia e na oblação da vida, especialmente pelos pobres, feridos e pequeninos de Deus.
Neste campo encontramos três elementos delineando um triângulo em movimento: na base estão duas fontes da vida da Igreja e do ministério do bispo, a Palavra de Deus e a Liturgia, sobretudo a Eucaristia, convergindo ao vértice, no centro, que é a essência da vida cristã, o amor, cuja expressão maior é a cruz Jesus Cristo.
O campo superior é azul, indica a serenidade e a ternura assumidas nas atitudes do bispo, que vai esmaecendo quando se aproxima da Luz, que é Deus, tudo em todos. A estrela evoca a presença singular da primeira discípula de Jesus, Maria de Nazaré, Santa Maria.
Os dois campos são unidos por uma mesma linha que forma montanhas, alusão a Minas Gerais, e a cidade com a periferia, formando o cenário-vital para o encontro pessoal e comunitário com o Senhor, para a experiência de Deus no mundo contemporâneo.
Atrás se encontra o báculo, símbolo do serviço pastoral e do cuidado com o povo de Deus. Arqueado para a frente, o cajado sinaliza a procura e a ida ao encontro das pessoas, sobretudo das que mais precisam de acolhimento. A cor prata representa ao mesmo tempo humildade e eloquência, importantes para o diálogo em meio ao pluralismo.
Em cima, o chapéu prelatício com abas largas, como sinal de reverência diante de Deus, lembra o chamado à santidade e o testemunho do bispo. Seis nós contornam o brasão de verde, símbolo de esperança, liberdade e cuidado da casa comum.
Em baixo, na base, o lema “Porque Deus é Amor” (1Jo 4,8b), o fundamento de todas as coisas e como explicação única para este ato de fé: ser bispo na Igreja de Jesus Cristo, na verdade, o menor e o último dos bispos.